O horário de verão acaba hoje. À meia-noite deste sábado, os moradores dos Estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, além do Tocantins e do Distrito Federal, deverão atrasar o relógio em uma hora, para 23h. Em vigor desde 21 de outubro do ano passado , o horário de verão visa a diminuir o carregamento nas linhas de transmissão, subestações e nos sistemas de distribuição. Nos últimos dez anos, a medida possibilitou uma redução média de 4,6% na demanda por energia no horário de maior consumo.
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No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932, pelo então presidente Getúlio Vargas. Sua versão de estreia durou quase meio ano, vigorando de 3 de outubro de 1931 até 31 de março de 1932. No verão seguinte, foi reeditada a medida com a mesma duração da primeira versão.
Posteriormente, a adoção da medida foi retomada em períodos não consecutivos, nos anos de 1949 até 1953, de 1963 até 1968, e nos tempos atuais a partir de 1985. O período de vigência é variado, mas a média nos últimos 20 anos está em torno de 120 dias de duração.
Quem for viajar na passagem de sábado para domingo deve ficar atento à mudança. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou que os voos terão seus horários de chegada ajustados ao relógio, que deverão ser atrasados em uma hora em relação ao horário em vigor nos aeroportos dos Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe.
A recomendação da Abear é para que os usuários verifiquem junto às empresas aéreas se seus voos vão sofrer alteração. Na capital paulista, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) vão estender suas operações por uma hora. Os passageiros poderão embarcar até a 1 hora do horário novo (2 horas do horário antigo). O Metrô vai reabrir no domingo às 4h40 e a CPTM, às 4h, já do horário novo.
Economia
Segundo informação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), horário de verão teve uma redução na demanda no horário de pico de cerca de 2.477 megawatts (MW). A redução no consumo de energia durante o período foi de 250 MW médios.
"Os 250 MWmed de redução do consumo de energia foram incorporados aos ganhos de armazenamento no período e, valorizados por um custo médio de geração térmica, representam uma despesa evitada (pela população) de cerca de R$ 200 milhões", informou o ONS, em nota.
As reduções do consumo de energia, de 0,5%, e da demanda no horário de ponta, de 4,5%, vieram dentro do esperado.
O principal benefício da implantação do horário de verão é o aumento da segurança operacional do sistema, com a diminuição dos carregamentos na rede de transmissão, maior flexibilidade operativa para realização de manutenções em equipamentos, e redução de cortes de carga em situações de emergência neste horário.
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