“Não serei candidato a governador e o PDT poderá apoiar Robinson”, afirma Carlos Eduardo

Por: Alex Viana   Portal Jornal de Hoje/Natal

Prefeito descarta a possibilidade de disputar o Governo no próximo ano. Foto: Divulgação

O prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, presidente do diretório do PDT no Rio Grande do Norte, descartou na manhã desta segunda-feira sua candidatura ao governo do Estado nas eleições do ano que vem. Ainda no primeiro ano do mandato como prefeito de Natal, o pedetista reforçou a aliança que possui com o vice-governador Robinson Faria, pré-candidato declarado do PSD ao governo do Estado em 2014. “Não sou candidato a nada. Inclusive botaram uma página no Facebook falsa. Já quero que você publique. Sou candidato a ficar quatro anos na prefeitura e, se fizer uma boa administração  vou querer continuar. Depende do povo”, disse o prefeito Carlos Eduardo ao Jornal de Hoje, durante evento promovido pela Federação das Indústrias (FIERN).

Apesar disso, Carlos Eduardo disse não se furtar a conversar, na condição de dirigente partidário, com outras legendas sobre a sucessão estadual do próximo ano. “Não sou candidato. Estou cuidando da administração. Agora, como presidente de um partido político, é possível que aqui ou acolá a gente não se negue a conversar sobre sucessão e sobre outras questões políticas. O PDT vai tratar sobre sucessão, mas só vai abrir essa discussão oficialmente em 2014 que é o ano da eleição. Fora disso é uma antecipação que realmente não se justifica, diante de tantos problemas”, afirmou o gestor municipal.

As palavras de Carlos Eduardo vêm a público após uma semana de intensas especulações sobre a sucessão do ano que vem. O prefeito figura nas conjecturas como solução à sucessão da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), que sofre intensa rejeição popular e reprovação ao seu governo. Segundo essas especulações, Carlos Eduardo poderia reunir apoios importantes e decisivos em torno do seu nome, de partidos como PMDB, PSB e PT. Entretanto, segundo o prefeito, seu projeto é permanecer na Prefeitura. “Eu não sou candidato. Sou candidata a resgatar Natal do caos que deixaram”, repetiu.

ROBINSON

Instado pela reportagem de O Jornal de Hoje a falar sobre a candidatura do vice-governador Robinson Faria a governador, Carlos Eduardo ressaltou a importância do partido de Robinson, o PSD, para a sua eleição de prefeito em Natal. Ele incentivou o projeto do pessedista de suceder a Rosalba no comando estadual. “O PSD do vice-governador foi muito importante para a nossa eleição. Deu uma participação importante para que nós ganhássemos a eleição e eu quero lhe dizer o seguinte: que ele é um dos possíveis candidatos ao governo do Estado, e que, realmente, o PDT considera a candidatura dele”, afirmou Carlos Eduardo Alves.

Carlos Eduardo disse ainda “respeitar” e, não só isso, “valorizar” a pré-candidatura de Robinson Faria a governador do Rio Grande do Norte, dentro do sistema de oposição ao governo do Estado. “Robinson é um dos candidatos que nós respeitamos e que nós valorizamos dentro do sistema de oposição e que não posso dizer mais nada a não ser o ano que vem que vai ser quando vai ser feita a escolha”, disse. “O PDT considera a pré-candidatura de Robinson, mas dentro do momento próprio, que vai ser o ano que vem. E pode conversar a respeito disso”, disse o gestor.

PMDB E WILMA

Carlos Eduardo também abordou a possibilidade de rompimento do PMDB com o governo Rosalba Ciarlini. “Com relação ao PMDB nós temos a mesma participação no governo federal. Mas aqui o PMDB continua no governo. Nós somos de correntes diferentes. Se o PMDB quiser vir fazer parte do bloco de oposição, não há absolutamente nenhuma rejeição. Pelo contrário, achamos que o PMDB deveria vir”, afirmou.

Sobre a possível pretensão da ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, presidente estadual do PSB, de se lançar candidata ao governo do Estado, Carlos Eduardo declarou que ela “é uma candidata que está colocada”, mas que só vai discutir isso também em 2014, por se tratar de sucessão estadual. “É a nossa vice, fez parte da coligação, mas é o que eu lhe disse e reafirmo: só em 2014 a gente vai se reunir e discutir isso”.