Melhor para o time carioca, que mesmo com um jogador a menos durante parte do segundo tempo - Bolatti foi expulso - deixou a última colocação e respirou um pouco mais aliviado graças ao gol de pênalti de Wallyson.
O novo capítulo em sua síndrome de "Robin Hood" impediu que o Corinthians entrasse no G4, mantendo-o em quinto, com 46 pontos. A equipe agora volta suas atenções para a Copa do Brasil, já que na quarta decide uma vaga na semifinal da competição com o Atlético-MG, em Belo Horizonte.
Já o Botafogo conseguiu os três pontos na raça. Sem inspiração, sofrendo com atrasos de salários e crises internas, além do péssimo momento técnico, os cariocas se superaram, se fecharam bem na defesa e conseguiram a vitória que os coloca em 17.º, ainda na zona de rebaixamento, com 29 pontos. Também pela Copa do Brasil, a equipe pega o Santos na quinta-feira, no Pacaembu.
O Corinthians começou com tudo e Bruno Henrique quase marcou o primeiro logo com dois minutos, em pancada de muito longe. Helton Leite sequer foi para a bola, que explodiu na trave. Aos quatro, foi Fábio Santos quem arriscou de fora, após escanteio da direita, e levou perigo.
Mas o ímpeto inicial dos paulistas logo foi controlado pelo Botafogo, que se fechava na defesa e aproveitava a pouca criatividade do adversário para se estabilizar. Wallyson, em cobrança de falta, assustou Cássio.
O Corinthians ainda parecia mais estabelecido em campo e tinha o controle da posse, mas não traduzia isso em boas jogadas.
Quando o jogo estava frio, sem grandes lances de ambos os lados, o árbitro André Luiz de Freitas Castro, avisado pelo auxiliar da linha de fundo, enxergou pênalti para o Botafogo em toque de mão de Fábio Santos. Aos 29 minutos, Wallyson foi para a cobrança, deslocou Cássio e inaugurou o placar.
O gol animou os ânimos de ambas as equipes, que de sonolentas passaram a ser apenas desorganizadas. O Botafogo ao menos conseguia manter a marcação apertada, ajudado, também, pela péssima atuação do sistema ofensivo adversário. Com Danilo apagado e os volantes chegando pouco ao ataque, o time paulista se limitava a cruzar bolas para a área para o baixinho Romero, e a zaga carioca levava a melhor tem todas.
O Corinthians voltou do intervalo mais ofensivo, com Malcom na vaga de Guilherme Andrade, e com a promessa de insistir menos nas jogadas pelo meio. Aos três minutos, o plano deu certo e a equipe quase marcou, quando Bruno Henrique arrancou pela direita e cruzou no pé de Luciano, que bateu para fora. Aos seis, após boa jogada de Luciano pela esquerda, Petros bateu por cima.
Mas logo o Corinthians se descontrolou mais uma vez e voltou a insistir nos cruzamentos. Os zagueiros do Botafogo afastavam com facilidade lance após lance, e aos poucos os cariocas iam à frente em contra-ataques.
No principal deles, Murilo recebeu pela esquerda e bateu com perigo.
O Corinthians se lançou todo à frente com a entrada de Jadson na vaga de Fagner e o jogo voltou a ficar um pouco mais aberto. Mas era o Botafogo quem levava mais perigo, sempre nos contra-ataques. Foi aí que Bolatti recebeu o segundo cartão amarelo e acabou expulso.
Só então o Corinthians finalmente exerceu uma pressão, muito mais na base da vontade do que da qualidade técnica. Aos 32, Helton Leite saiu estranho após chute fraco de Jadson, a bola ficou com Malcom que encheu o pé. O goleiro botafoguense, então, se redimiu e fez grande defesa. No minuto seguinte, Jadson bateu de fora, rente à trave.
Os últimos minutos foram só de ataques corintianos. Aos 39, Romero finalmente ganhou uma pelo alto e quase marcou. Aos 41, o time paulista teve sua principal chance quando a bola sobrou para o jovem Gustavo Tocantins, que bateu em cima de Helton Leite. Nos acréscimos, o próprio Gustavo Tocantins ainda exigiu um último milagre de Helton Leite.
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