A presidenta Dilma Rousseff aprovou a migração das emissoras de rádio AM
para a faixa de FM. A proposta foi apresentada à presidente pelo
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, na última quinta, 6. isso é
um grande passo para que o rádio no Brasil finalmente venha para a Era
Digital.
Atualmente cerca de 20 rádios no Brasil testam o sistema digital, mas são apenas testes. O Ministério das Telecomunicações colocou em análise 2 sistemas de transmissão de Rádio Digital: o IBOC (Estados Unidos) e o DRT (Europeu). Parte do processo da digitalização é a mudança da faixa AM para FM e esta mudança de faixa pode ocorrer independente da escolha do sistema que será usado.
A rádio AM passará a produzir uma programação com qualidade sonora de FM, já a FM passará a ter som de CD. Claro que entre a mudança de AM para FM e a escolha e aplicação da tecnologia de transmissão digital pode haver um bom tempo aí pela frente, mas nesse período de transição quem sai na frente são as rádios AM.
Estima-se que até 2016 a TV analógica será extinta e, assim como a própria TV, o ouvinte só poderá desfrutar de um som digital se tiver um rádio (receptor) com tecnologia digital. A decisão da presidenta atende a uma demanda da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) e das Associações Estaduais de Radiodifusão, que consideram a migração das emissoras AM para os canais 5 e 6 de televisão o caminho mais adequado para o rádio AM brasileiro. Atualmente, as emissoras que operam em ondas médias sofrem com níveis crescentes de interferências e ruídos que prejudicam a prestação do serviço.
“Essa é uma excelente notícia para toda a radiodifusão nacional, não somente atendendo os anseios e expectativas dos radiodifusores de AM. Mas também, estabelecendo um novo marco de investimentos e de inovações no setor, impulsionando o rádio a tornar-se ainda mais competitivo para melhor atender aos seus ouvintes e ao mercado”, declarou presidente da Aerp, Márcio Villela.
As condições para a realocação serão definidas pelo secretário de Comunicação Eletrônica do Ministério, Genildo Lins, que discutirá com a Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão) os termos de uma proposta a ser encaminhada, em regime de urgência, ao Congresso Nacional. O ministro das Comunicações Paulo Bernardo foi informado nesta quinta (6/6) da decisão e caberá ao secretário de Comunicação Eletrônica Genildo Lins discutir os detalhes da proposta com a AESP e demais entidades que representam os radiodifusores.
A proposta seguirá em regime de urgência para aprovação no Congresso e pode ser aprovada até o final de 2013. Com isso, a migração começaria já em 2014. Cerca de 2 mil emissoras serão beneficiadas em todo o país. Para tanto, será feita a ocupação da faixa de FM (88,1 a 108 MHz) e FM estendida (76,1 a 108 MHz), quando necessário, aproveitando as frequências dos canais 5 e 6 de televisão.
“Não poderia haver decisão mais justa para o radiodifusor”, afirma Rodrigo Neves, presidente da AESP. “Onde não há congestionamento de banda, a transição do AM para o FM será simples. Já nos 200 municípios onde há congestionamento, especialmente em regiões metropolitanas, serão usados os canais 5 e 6.”
Estudos do ministério das Comunicações demonstraram que não haverá problema de interferência com os canais vizinhos nas regiões onde serão utilizados os canais 5 e 6. Cerca de 2 mil emissoras serão beneficiadas em todo o país. Para tanto, será feita a ocupação da faixa de FM (88,1 a 108 MHz) e FM estendida (76,1 a 108 MHz), quando necessário, aproveitando as frequências dos canais 5 e 6 de televisão.
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